O problema é que essa realidade está muito mais no papel do que no dia a dia dos gestores de marca. Se você acredita que a pandemia acelerou o digital nas empresas, tenho uma péssima notícia: isso é mais um conceito que os gestores gostam de usar para se mostrar antenados, mas que, rotineiramente, continuam achando que o digital é post em Facebook. E pasmem, dentro das agências isso é ainda mais visível.
Quando tive a ideia de escrever meu livro “Transformação Digital. Como a inovação digital pode ajudar seu negócio nos próximos anos”, eu imaginei que quando o livro estivesse disponível nas livrarias, as coisas já estariam mais evoluídas. O livro saiu em Janeiro de 2020 e estamos diante do mesmo cenário, salvo raríssimas exceções, é verdade. A Magalu por exemplo, tem dado um show nessa área, mas é pouco para um mercado composto por mais de 22 milhões de empresas.
Internet das coisas vem ai!
Há quanto tempo você ouve falar de uma casa controlada pelo celular? Não tem nada a ver com o clássico desenho da Hanna-Barbera, “Os Jetsons” e muito menos com o clássico filme “De Volta para o Futuro”. O desenho e o filme até previram coisas interessantes, algumas hoje são realidade, mas não se trata disso. Trata-se de algo que já está mudando, que é como as pessoas se relacionam com tudo. O Alexa ou Google Home é um primeiro passo para essa nova relação, assim como a Siri, do iPhone, já foi um dia. O 5G é a esperança das marcas para o IoT deslanchar, entretanto, é preciso que nós, como gestores não deixemos isso para o amanhã. É preciso pensar na empresa desde já. A Transformação Digital não é uma tendência, por favor, é uma pendência, como diria Walter Longo. Inteligência artificial, a internet 5G e Big Data são os fatores que ajudam no potencial da IoT, entretanto é preciso deixar claro que o cérebro humano do estrategista é ainda a mais importante de todas as ferramentas. Ferramentas, por si só, não são nada sem ter uma cabeça que direcione tudo, portanto, não espere o 5G estar estabilizado no Brasil para começar a pensar na sua Transformação Digital, afinal, quando a internet comercial surgiu, em meados dos anos 2000, muita gente esperou até ela se consolidar e quem saiu na frente, saiu ganhando.
Viveremos o futuro, agora!
De acordo com a empresa de pesquisa de tecnologia Gartner, o mercado global de dispositivos vestíveis, wearables, estará estimado em mais de US$ 87 bilhões em receita até 2023. Não estamos falando apenas do seu Smartwatch, mas sim de roupas que farão a diferença na vida das pessoas, como roupas – que já existem – que podem prever se uma pessoa pode estar sofrendo um ataque cardíaco, se conectar com o celular, ou relógio, e esse dispositivo disparar uma mensagem ao médico, dando a localização exata do paciente, para que uma ambulância possa chegar o quanto antes. E o melhor disso, o potencial infartado poderá nem estar sabendo que isso está ocorrendo em seu corpo e ser salvo mesmo assim.
A automação residencial é outro ponto a ser trabalhado. As mais fortes técnicas de SEO já estão prevendo otimizações baseadas em busca por voz. Uma casa automatizada não é apenas ter um dispositivo da Alexa ou Google Home, mas sim, ter a casa inteira conectada para otimizar o tempo, como por exemplo, a sua geladeira, na 5a, avisar que só tem 3 cervejas no seu interior e, com o OK do dono da casa, fazer uma compra de mais 6 vi aplicativo do supermercado. Inteligência Artificial, Chatbot, Machine Learning, alinhadas a Fintechs e Foodtechs poderão realizar isso. O dono da casa dará apenas o OK para prosseguir o processo.
A inteligência artificial em tudo
A casa inteligente é apenas um primeiro passo. Já há projetos de empresas e cidades inteligentes. E isso não vai demorar muito, acredite, para acontecer, pois o mundo já está muito mais conectado do que pensamos.
A revolução industrial trouxe um processo mais inteligente para a época, usando a tecnologia que se tinha ali. A evolução da espécie humana está intimamente ligada a tecnologia. Quanto mais um evolui, mais ajuda o outro. As cidades já estão conectadas, há décadas em, por exemplo, sistemas de semáforo ou câmeras de segurança, isso é apenas o começo. E não se sinta em um filme de ficção científica, afinal, somos nós, seres humanos , ávidos por tecnologia que faz as empresas se movimentarem. E a Transformação Digital é o elo de tudo isso!
Fonte: Felipe Morais. Disponível em: Inteligência artificial e internet das coisas. Pilares da Transformação Digital - Plataforma ET (estrategiasquetransformam.com.br)